Até tentei, nesses tantos dias que estive ausente daqui, por várias vezes, escrever o que me vinha à cabeça, mas me custava tanto ter idéias sobre qualquer coisa que fosse... Acho que entrei em crise antes de fazer uma viagem! E olha que era a viagem dos sonhos! Então o que fiz: viajei, guardei a crise num “baú” e agora, olha eu aqui, com ela batendo na porta, já quase arrancando fora a fechadura!
Não daria pra descrever, porque é muita coisa se amontoando no corpo e na cabeça de uma mulher de... Nossa!! Isso também faz parte dela, da crise. Uma idade que antes de chegar já anuncia as mudanças. Finjo que a omissão ajuda. Mas nada! Deixa-me aqui, essa pessoa que já passou dos 38. E é cheia de margens!
E por falar em viagem (estes parênteses são para ela – a viagem – depois volto pra crise), muito bom ver paisagens, gente e culturas tão diferentes! E mais uma vez “viajando” por esse mundo dos blogs, li algo que me chamou a atenção para o ato de viajar, numa dica de leitura de Teoria de viagem: uma poética da geografia, de Michel Onfray, filósofo francês, que traz questionamentos sobre o intuito humano para o ato de viajar, refletindo sobre as origens dos desejos que a motivam, porque nos sentimos mais nômadas ou sedentários, porque somos impelidos para o movimento constante, a deslocação, ou amamos o imobilismo e as raízes...
“Cada qual dispõe de uma mitologia antiga criada pelas leituras da infância, pelas recordações de família, pelos filmes, pelas fotografias, pelas imagens de um mapa-múndi de escola pendurado ao fundo da sala de aula num dia melancólico.”
Michel Onfray
Pois é... Eu cá, com meus botões, pensando sobre o que Onfray diz, revirando as memórias da infância e revivendo a minha geografia, vejo o quanto devem ter influenciado nesse meu desejo de viajar, e nas escolhas dos lugares onde vou. Curioso, estando em terras estrangeiras, foi me perceber tão desprendida de preconceitos, o que me permitiu mergulhar plenamente na paisagem, imbuída de um sentimento de pertencer a esta terra, a este universo, aos diversos elementos, num exercício de compreensão de outras realidades.
Aí me vem a frase do autor “O turista compara, o viajante separa.” E mais uma reflexão, embora o sentimento nacionalista se faça presente, compreender essas distintas realidades sem compará-las, talvez seja o mais saudável, e foi o que busquei fazer nessas minhas andanças por Portugal e Espanha.
E, realmente, o fato de conviver desde criança com os romeiros da Lapa, na sua peregrinação anual, além de todo o meu referencial literário e afetivo, vivido durante a infância, certamente contribuíram para a construção de um imaginário que, de alguma forma, foi determinante para fazer crescer em mim o apelo com relação aos lugares que me fascinam e me impelem a viajar.
Fato é que a viagem foi mesmo dos sonhos! Sonhos de menina e sonhos da mulher que hoje sou, de espírito aventureiro, já do nascedouro.
Não daria pra descrever, porque é muita coisa se amontoando no corpo e na cabeça de uma mulher de... Nossa!! Isso também faz parte dela, da crise. Uma idade que antes de chegar já anuncia as mudanças. Finjo que a omissão ajuda. Mas nada! Deixa-me aqui, essa pessoa que já passou dos 38. E é cheia de margens!
E por falar em viagem (estes parênteses são para ela – a viagem – depois volto pra crise), muito bom ver paisagens, gente e culturas tão diferentes! E mais uma vez “viajando” por esse mundo dos blogs, li algo que me chamou a atenção para o ato de viajar, numa dica de leitura de Teoria de viagem: uma poética da geografia, de Michel Onfray, filósofo francês, que traz questionamentos sobre o intuito humano para o ato de viajar, refletindo sobre as origens dos desejos que a motivam, porque nos sentimos mais nômadas ou sedentários, porque somos impelidos para o movimento constante, a deslocação, ou amamos o imobilismo e as raízes...
“Cada qual dispõe de uma mitologia antiga criada pelas leituras da infância, pelas recordações de família, pelos filmes, pelas fotografias, pelas imagens de um mapa-múndi de escola pendurado ao fundo da sala de aula num dia melancólico.”
Michel Onfray
Pois é... Eu cá, com meus botões, pensando sobre o que Onfray diz, revirando as memórias da infância e revivendo a minha geografia, vejo o quanto devem ter influenciado nesse meu desejo de viajar, e nas escolhas dos lugares onde vou. Curioso, estando em terras estrangeiras, foi me perceber tão desprendida de preconceitos, o que me permitiu mergulhar plenamente na paisagem, imbuída de um sentimento de pertencer a esta terra, a este universo, aos diversos elementos, num exercício de compreensão de outras realidades.
Aí me vem a frase do autor “O turista compara, o viajante separa.” E mais uma reflexão, embora o sentimento nacionalista se faça presente, compreender essas distintas realidades sem compará-las, talvez seja o mais saudável, e foi o que busquei fazer nessas minhas andanças por Portugal e Espanha.
E, realmente, o fato de conviver desde criança com os romeiros da Lapa, na sua peregrinação anual, além de todo o meu referencial literário e afetivo, vivido durante a infância, certamente contribuíram para a construção de um imaginário que, de alguma forma, foi determinante para fazer crescer em mim o apelo com relação aos lugares que me fascinam e me impelem a viajar.
Fato é que a viagem foi mesmo dos sonhos! Sonhos de menina e sonhos da mulher que hoje sou, de espírito aventureiro, já do nascedouro.
Santiago de Compostela - Es
Braga - Pt
Guimarães - Pt
4 comentários:
Sempre que viajo lanço os meus olhos para o novo, é sempre uma descoberta, sem comparação, mas compreensão do diferente e uma imensa felicidade por poder experimentar! Que venham muitas viagens para nós!
Minha tia voce botou para F, ques fotos maravilhosas, to com um orgulho doido rsssssssss, bjaaaaaaa
vc está é muitdo danada de La Poix. Lindas fotos, lindo texto. Perca-se e encontra-se. A vida é só isso. bjs.
Nossa, que delícia de viagem, heim?
Certa vez ouvi Paulo José, o ator, dizer isso: 'o turista viaja para se distanciar de si, controla a viagem, se desliga de si mesmo e de sua vida; o viajante, por sua vez, se entrega ao acaso, o viajante vai atrás de se encontrar'
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